Muitos acreditam e muitos não acreditam. Realmente é um tema que traz muita discordância.
Como eu sou um dos que acreditam, vou escrever sobre um fato que aconteceu comigo.
Quem me conhece bem sabe que sou apaixonado por Gramado e Canela no RS. Lá tem um Papai Noel que, para mim, é o verdadeiro. Já faz um bom tempo que não vou lá, mas, por muito tempo, eu ia todos os anos com a excursão do Colégio Verbo Divino ou por conta própria. Sempre que ia, fazia questão de tirar foto com o mesmo Papai Noel. Algumas vezes o encontrava na rua, mas, na maioria das vezes, era na casa do Papai Noel.
Este ano em particular que vou descrever eu não estava em uma fase boa e meus alunos, que me conheciam bem, percebiam e me deixavam quieto no fundo do ônibus. Os mais chegados iam lá me abraçar, conversar etc. Sempre que o ônibus parava em algum lugar, eu ficava por trás, de olho neles, mas não me misturava, como sempre fiz. Enfim, chegamos a Gramado e no segundo dia fomos visitar a Aldeia do Papai Noel no parque Knorr. Um dos lugares que tem, durante a visitação, espaço para tirar foto com o Papai Noel na casa. Um ambiente muito bonito, todo ornamentado com coisas de Natal e árvores enfeitadas. Tem vários quartos no lugar com enfeites de natal, um dos quartos é para as crianças deixarem os bicos para o bom velhinho e fazerem o pedido. Tem o quarto do Papai Noel com as cartinhas na mesa etc. A Aldeia tem vários Papais Noéis, mas quem estava lá para tirar foto era o oficial, o que eu sempre gostei e no qual acredito. Os alunos foram tirar fotos com ele e eu apenas fotografava um ou outro, mas sempre me mantendo distante. Quando estávamos saindo da casa para ir para outro lugar da Aldeia, ele me falou: Meu filho, vem aqui, senta do meu lado. Eu fiquei sem saber o que fazer e fui. Sentei e ele pegou na minha mão e disse: Meu filho, nem tudo na vida é só alegria, mas saiba que tudo vai mudar e você vai ficar bem. Fica com Deus. Eu fiquei sem saber o que falar, dei um abraço nele chorando e fui encontrar os alunos. Olha, não sei o que aconteceu, mas deste momento em diante eu voltei a ser o professor que eles conheciam e passei a brincar e curtir a viagem com eles.
Então, deixe as crianças viverem isto, não coloque as suas frustrações, medos e indiferenças na mente deles. Deixe a imaginação e os sentimentos fluírem tanto em vocês adultos como neles crianças.
Fico muito feliz em ver uma criança inocente que acredita em Papai Noel, pois são estas imaginações e sentimentos que moldam um Ser. Antes isto do que a falsa inocência de um adulto que acredita somente em dinheiro, aparência e tantas outras tolices que fazem com que se esqueçam da própria criança interna.
Termino este pequeno relato dizendo: EU ACREDITO EM PAPAI NOEL.
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