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sábado, 25 de setembro de 2010

EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE

Por William Pereira da Silva


A Educação Física ao longo dos anos experimentou várias tendências passando pela tendência militar, médica, desportista, ainda as tendências da cientificidade, profissionalizante e a tendência educacional onde cada uma tem uma visão diferente de como a Educação Física devia atuar no universo social.
Hoje as duas tendências que prevalecem são a da Saúde ligada a medicina e a Educacional a Educação, uma com direito a atuação os Bacharéis em Educação Física e a outra os do Curso de Licenciatura em Educação Física.
Para um entendimento melhor torna-se necessário uma abordagem de Silvino Santin no seu texto “Educação Física Sabedoria de Viver” diferenciando as duas tendências hoje consolidadas e atuantes nesta área.
A TENDÊNCIA PROFISSIONALIZANTE talvez o mais numeroso, tem uma Educação Física definida como uma atividade profissional liberal. O profissional da Educação Física, segundo esta tendência, deve ser equiparado ao bacharel em direito, ao médico, ao economista, etc. Somente assim a Educação Física seria reconhecida, garantindo-se uma fatia no mercado de trabalho e via legislação, assegurando-se a reserva deste mercado. Suas lutas, fundamentalmente, voltam-se para a política de organização profissional e institucional da classe tentando estabelecer uma legislação federal que dê suporte jurídico aos direitos profissionais fundamentais dos egressos dos Cursos de Educação Física.
A TENDÊNCIA EDUCACIONAL talvez menor e sonhadora, inspirado em temas humanísticos que busca entender a Educação Física com uma ação pedagógica. Antes de se tornar ciência, antes de constituir-se em profissão liberal, a Educação Física é uma sabedoria de viver, uma exigência pessoal e existencial, isto é, uma tarefa educativa. Desta maneira, ela, em suas raízes mais profundas, tem compromisso com a pessoa, isto é, com o crescimento, desenvolvimento e bem-estar do ser humano. Ela é um processo educativo que, antes do saber cientifico e do trabalho produtivo, tem um compromisso com a existência humana.
Defende-se, aqui, o ideal pedagógico da Educação Física por considerá-la uma ação mais abrangente, compromissada com a globalidade das situações humanas.
Atualmente quando esta no consultório médico o paciente recebe a receita com a medicação e prescrevem-se também atividades físicas na maioria dos casos. Educação Física é sinônimo de saúde. Não há mais quem duvide da eficácia das atividades físicas no combate a uma infinidade de doenças do sistema cardiovascular e de outros sistemas do corpo humano.
No sistema muscular os movimentos dão aos músculos mais força, agilidade, flexibilidade, resistência, elasticidade, coordenação motora, equilíbrio e alongamentos. No sistema Nervoso harmoniza as conexões nervosas dando mais relaxamento, evitando o stress, a fadiga, a ansiedade e a depressão promovendo hábitos salutares de alimentação e higiene. No sistema circulatório tem a diminuição da freqüência cardíaca em repouso ou em movimento, o aumento das cavidades do coração com maior volume de ejeção de sangue nas veias e artérias evitando entupimentos e possíveis infartos. No sistema respiratório o aumento na capacidade da respiração levando maior volume de ar aos pulmões e conseqüentemente oxigênio mais puro para o sangue alimentando melhor as células e todo organismo, fortalecimento dos alvéolos evitando doenças. Como terapia em várias doenças cardiorespiratórias e maior capacidade aeróbica No sistema esquelético reforçam toda estrutura óssea evitando no futuro a osteoporose
Muitos são os benefícios que a educação Física traz para um melhor desenvolvimento e desempenho do nosso corpo como os tratamentos na fisioterapia em recuperação de movimentos perdidos, na gravidez os movimentos adequados ajudam a mulher a ter melhor desempenho no parto, além de fortalecer as paredes abdominais dando maior rigidez evitando a chamada "barriga d'água", melhora o desempenho sexual, o cérebro passa a ter maior irrigação melhorando os pensamentos, a pratica da ginástica, dança natação... Diminui o interesse aos vícios das drogas e do álcool, melhora a estética do corpo, dando maior rigidez à pele, seios, nádegas, melhorando o tônus muscular. Com a pratica dos exercícios físicos teremos um coração mais vigoroso, artérias livres de gorduras, articulações azeitadas, níveis de açúcar normais, equilíbrio hormonal, sono mais tranqüilo, pressão normal, bom humor, postura correta, melhora da auto-estima, mais fôlego, as mulheres passam a ter mais alívio da TPM, mamas protegidas contra câncer, os homens a próstata mais protegida, os dois passam a ter mais entusiasmo no sexo, memória mais afiada, ossos mais fortes e sistema imunológico reforçados.

Por isso hoje a educação física é tratada com um fator de saúde e devemos dar a atenção devida tanto nas academias, consultórios como nas escolas.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ensino atual e antigo

Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia...Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas..


Leiam relato de uma Professora de Matemática:

Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender. Por que estou contando isso?

Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:

1. Ensino de matemática em 1950:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro:

( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

5. Ensino de matemática em 2000:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. O lucro é de R$ 20,00.

Está certo?   ( )SIM ( ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00.Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00.

( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

7. Em 2010 vai ser assim:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00.

(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder)

( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

E se um moleque resolve pichar a sala de aula e a professora faz com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança.

Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável.

“Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...  Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Brincando e Aprendendo

As crianças de 6 a 9 anos de idade


Aos seis anos de idade, o grande impacto na vida das crianças é a sua inserção no ensino fundamental, mesmo para aquelas que já freqüentavam a educação infantil. Isto deve acontecer da maneira mais tranqüila possível. A transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental precisa acontecer de forma natural, com uma proposta pedagógica estimulante e lúdica que ofereça às crianças oportunidades para desenvolver seu corpo, mente e alma, de forma indivisível e integrada.

O brincar e a construção da identidade

Nesta perspectiva, as brincadeiras espontâneas, o uso de materiais criativos, os jogos, as danças e os cantos, as múltiplas formas de comunicação, de expressão, de criação e de movimento, precisam estar contemplados. As estratégias pedagógicas devem evitar a monotonia, o exagero de atividades “acadêmicas” ou de disciplinamento exagerado dando-se prioridade para as atividades que estimulem a autonomia e a iniciativa.
Logo que ficam mais velhas o crescimento é rápido. Físicamente, seus movimentos têm mais controle e as crianças passam a ter a necessidade de mais estimulação ativa, seu nível de energia parece não ter fim! Há um rápido desenvolvimento social também. Elas querem brincar com os outros e isto pode incluir brincar com elas ou criar oportunidades para que brinquem com outras crianças.

Brincar e o desenvolvimento emocional

Emocionalmente as crianças enfrentam maiores desafios na faixa etária que vai dos 6 aos 7 anos. Crescem rapidamente e começam a testar o mundo à sua volta, incluindo as regras. Ao brincar com outras crianças aprendem a enfrentar conflitos e a lidar com o sucesso ou o fracasso, com a raiva ou a alegria. Brincando dentro e fora de casa, além da escola, começam a definir também as brincadeiras de acordo com o seu sexo. Meninas preferencialmente brincam de casinha ou de escola. Gostam de cantar e dançar além de brincar com bonecas; os meninos as acompanham às vezes nessas brincadeiras e gostam bastante de jogos com movimento e desafios.
Aos 7 e 8 anos as crianças preferem brincar com os amigos. Podem misturar ingredientes de cozinha assim como tintas para obter cores e cheiros novos. Gostam de desenhar, montar, construir e brincar com jogos que tenham propostas simples, como os dominós, jogos de memória, lotos etc. Estes podem ser confeccionados com materiais recicláveis e na companhia de adultos ou crianças mais velhas, o que pode ser um momento interessante para transmitir, na prática, os conceitos de educação ambiental.
Se forem estimuladas quando pequenas, demonstram interesse por livros de contos principalmente os que falam de valores e que são importantes para o seu desenvolvimento intelectual e emocional. Através deles podem aprender a identificar e a reconhecer, nos outros e em si mesma, pensamentos e sentimentos que ajudam ou atrapalham a sua relação consigo mesma e com os outros.
É importante incentivar as crianças de diferentes faixas etárias a brincarem juntas. As crianças copiam o comportamento das outras e os irmãos mais velhos dão subsídios a este processo. Também brincam em família. Brincar juntas significa que as crianças aprendem a reconhecer e dar apoio às necessidades dos outros. Ao construir ou comprar brinquedos é preciso que os adultos reflitam se a criança irá brincar com outra criança usando aquele material.

O adulto, a criança e o brincar

A atitude dos adultos no ambiente em que a criança vive faz também uma enorme diferença; a qualidade da vida imaginativa das crianças se beneficia de um apoio ao seu faz-de-conta, onde os pais e/ou educadores estejam também em contato com a sua própria vida de fantasia e consigam apontar o mundo para as crianças, de modo sugestivo e inspirador.
A televisão vem ocupando cada vez mais o tempo das crianças. Além disso, para um número crescente delas, os vídeos, o computador e os jogos eletrônicos estão substituindo o tempo que utilizavam com as brincadeiras tradicionais. Como não podemos excluí-los totalmente das suas vidas sugerimos a participação do adulto com a adoção de medidas que podem contribuir para equilibrar a situação.

Pontos Conclusivos

Pais e educadores precisam considerar que brincar é a melhor maneira das crianças preencherem o seu tempo, pelos benefícios que ele oferece do ponto de vista intelectual, social e emocional. Ao lado da satisfação das necessidades básicas de: nutrição, saúde, habitação e educação, é uma atividade fundamental para o desenvolvimento das capacidades potenciais de todas as crianças. Se não tivermos no presente uma atitude de respeito à elas para que façam as suas descobertas no seu próprio tempo, dificilmente teremos o futuro que almejamos.

Marilena Flores Martins  (Co-fundadora e Presidente da IPA Brasil 2008/2011)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Adolescentes precisam dormir mais e acordar mais tarde

IARA BIDERMAN
free-lance para a Folha

A maioria dos adolescentes é vítima hoje da chamada privação crônica do sono, relacionada a comportamentos que vão de irritação e baixo rendimento escolar a busca, durante o dia, por estimulantes, como nicotina, ou, durante a noite, por relaxantes, como álcool. A maior e mais completa pesquisa sobre o padrão de sono na adolescência, feita pela Fundação Nacional do Sono dos EUA, constatou que apenas 15% dos jovens de 13 a 18 anos dormem o número mínimo de horas necessárias: oito horas e meia nos dias letivos.
No Brasil, dizem os especialistas, a situação é semelhante. E mais: a privação crônica de sono dos adolescentes está se tornando um problema de saúde pública por causa dos efeitos fisiológicos, psicossociais e psiquiátricos, diz Geraldo Rizzo, presidente da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica.
O problema também afeta as crianças, mas o quadro se agrava na puberdade, com a entrada da chamada pressão social: computador, baladas, telefone e os novos relacionamentos afetivos, entre outros.
O ritmo biológico de dormir e acordar é uma adaptação do organismo ao fenômeno físico mais previsível que existe, o ciclo dia-noite. Esse ritmo é acompanhado por alterações fisiológicas, entre as quais os picos hormonais e a variação da temperatura interna do corpo. Antes do amanhecer, por exemplo, há um aumento da secreção do hormônio cortisol, que prepara o organismo para a atividade. Ao escurecer, aumenta a secreção de melatonina, que prepara para o sono. Quando a pessoa acorda, a temperatura interna do corpo começa a subir e atinge o valor máximo no final da tarde. Depois, começa a cair e chega ao valor mínimo no meio da noite.
Na puberdade, esse mecanismo sofre um atraso, o que faz do adolescente um ser biologicamente programado para dormir e acordar mais tarde. Na maior parte da manhã, seu cérebro não está em estado de vigília. Mesmo os jovens que dormem o suficiente (em média, nove horas por noite) tendem a ficar sonolentos até o meio da manhã e absolutamente alertas a partir do meio da tarde.
O estudante André Funaro Mortara, 16, por exemplo, apesar de dormir de sete e meia a oito horas, o que não é uma média ideal, mas superior a da maioria dos seus colegas, passa a primeira aula meio "sonado". Se vai dormir mais tarde, sente o baque: dores no corpo, incapacidade de se concentrar e falta de vontade de conversar com qualquer um. "Até para falar do jogo do Palmeiras." Mortara, que dorme às 23h e acorda às 6h30, pode estar perdendo cerca de uma hora e meia de sono por dia, o que, de segunda a sexta, dá quase uma noite inteira a menos de sono. "Eu nunca tinha me dado conta disso, de que sabemos tão pouco sobre as necessidades de sono", diz sua mãe, Mônica Funaro Mortara, 43.

Desconhecimento é geral

Pesquisa de março passado, feita pela Fundação Nacional do Sono dos EUA, mostra que mais de 50% dos pais não sabem quais são as necessidades de sono de seus filhos e também não conversam sobre isso com o médico. Para o neurofisiologista Flávio Alóe, do Centro de Sono do HC, mesmo pediatras ou hebiatras conhecem pouco o assunto e muitos pacientes rodam de médico em médico até chegar a um diagnóstico de sono para os seus problemas.
A divulgação das descobertas no campo do sono é mesmo muito recente. Até os anos 90, fora do meio acadêmico, não se falava desse atraso fisiológico do sono do adolescente. Assim, para a maioria das pessoas, o horário de dormir não passava de uma questão educativa, de impor limites.
Para Luis Menna-Barreto, do Grupo Multidisciplinar de Desenvolvimento e Ritmos Biológicos da Universidade de São Paulo, o principal "ladrão de sono" do adolescente é o horário da escola, que começa cada vez mais cedo a partir da segunda fase do ensino fundamental (de 5ª a 8ª séries), o que vai na contramão do atraso fisiológico do sono. Atrasar o início do horário das aulas parece ser uma boa medida. No Estado de Minnesota (EUA), algumas escolas adotaram novos horários, e o desempenho dos alunos tem sido superior ao dos que entram mais cedo. Fica aí a dica para quem tiver a opção de estudar no período da tarde, desde que o aluno não troque a noite pela manhã na cama.
Noel Martins, 20, teve vários problemas na escola durante o ensino médio, assistindo às aulas semi-adormecido --quando não dormia de fato na sala de aula. Mas seu rendimento intelectual mudou quando passou a estudar à noite, no cursinho. Hoje faz faculdade à tarde e acorda entre 9h30 e 10h nos dias de semana. Nos finais de semana, aproveita: "Outro dia, dormi 16 horas seguidas", conta.
Tirar o atraso no fim de semana, para muitos especialistas, é um mal necessário, porque permite ao adolescente que recupere, ainda que parcialmente, o sono perdido. Menna-Barreto desaconselha a prática, afirmando que ela produz um quadro de desorganização dos ritmos biológicos. "Chamamos esse fenômeno de dessincronização interna. É caracterizado pela perda das relações temporais entre os ritmos dos hormônios, da temperatura, do sono etc. Associa-se à fadiga, à alteração de humor e à dificuldade de concentração, por exemplo."
Mas existem estratégias para aumentar a quantidade e a qualidade do sono do adolescente. Por exemplo: o escuro aumenta a produção de melatonina, hormônio que tem influência sobre o início do sono. Por isso afastar-se de telas luminosas pelo menos uma hora antes de ir para a cama surte um efeito "sonífero".
A fonoaudióloga Marcia Beer não esperava que simples mudanças de hábito pudessem surtir resultados tão efetivos no sono da filha, Glória Beer, de 16 anos. A estudante sempre teve dificuldade para pegar no sono, mas, quando ingressou no ensino médio, a situação ficou crítica. Tinha de acordar às 5h15, mas só adormecia depois das 2h. "Eu não conseguia me concentrar, brigava com todo mundo. Ficava desesperada, principalmente em época de prova. Como não prestava atenção na aula, precisava estudar à noite e aí dormia menos ainda."
Mãe e filha procuraram ajuda no Instituto do Sono, onde receberam orientações básicas, muito simples, como praticar exercício físico três vezes por semana, mas só até as 16h30, e completar um diário do sono. Em 15 dias, os horários de dormir já estavam praticamente regularizados. "Fiquei pasma. Achava que o problema só seria resolvido com medicamentos", diz a mãe.
Mas consumir remédio para dormir não é o caso, porque o atraso faz parte da fisiologia do adolescente. E o melhor: acaba na vida adulta. Quando isso não acontece, aí sim pode ser doença --o chamado distúrbio de atraso da fase de sono. Algumas das características do distúrbio são uma inflexibilidade muito grande para adiantar o sono e para despertar mais cedo e a tendência para acordar cada vez mais tarde, trocando o dia pela noite. Nesse caso, são indicados tratamento específico e medicamentos, como melatonina sintética, diz Alóe, do Centro de Sono do HC.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O MENINO REBELDE

Ao entardecer do dia 22/10/68, nasceu Marco, um menino aparentemente normal, filho de Odete e Paulo. Os pais de Marco moravam na Rua João Pessoa nº 32, na cidade de São Paulo. Marco, desde pequeno, sempre foi uma criança alegre, simpática e muito bonita.
Aos quatro anos de idade Marco já conhecia todo mundo de sua rua e todos o adoravam. Ele adorava seu pai e este era o seu ídolo.
Depois que Marco completou cinco anos de idade, seu pai faleceu. O menino ficou muito triste com a morte do pai. Passado algum tempo, sua mãe e os amigos da rua começaram a notar que ele estava diferente. Odete, preocupada com as atitudes do filho, resolveu colocá-lo na escola. Procurou vaga em vários colégios particulares, mas só conseguiu em um colégio público chamado Arnaldo Cesar que ficava três quarteirões da rua onde eles moravam.
Ao chegar em casa, Odete foi dar a notícia para o filho.
– Meu filho, a mamãe resolveu colocá-lo na escola.
– Mas, mãe!... Por quê?
– Bem, meu filho, a mamãe quer que você seja um bom homem e daqui a um tempo um excelente profissional.
– Tudo bem – respondeu o menino.
Odete ainda não sabia qual seria a reação do menino na escola e nem como ele se comportaria.
Os meses foram se passando, o ano novo chegou e as aulas de Marco começaram. Odete estava contente, pois para ela tudo iria melhorar com a ida do filho para a escola.
O primeiro dia para Marco foi maravilhoso, pois sua escola no seu ponto de vista era linda, grande e na sala onde iria estudar havia muitos amiguinhos novos.
Os dias seguintes foram bons, até que certo dia Marco resolveu aprontar. Primeiro ele trocou todo o material dos amigos durante o recreio e depois jogou chiclete no cabelo de uma amiguinha. Quando o diretor ficou sabendo, mandou chamar Marco para conversar em sua sala.
– Marco, por que você fez estas coisas?
– Porque eu quis.
– Então eu quero que avise sua mãe para vir aqui amanhã, para conversarmos nós três juntos.
– Sim, senhor diretor.
Ao chegar em casa depois da aula, Marco passou o aviso do diretor a sua mãe.
No dia seguinte, então, Odete foi ao colégio, sendo recebida pelo diretor.
– Entre, por favor. Sente-se.
– Obrigada.
– Bem, minha senhora, eu pedi que viesse aqui para ver se, juntos, conseguimos dar um jeito em Marco.
– Mas dar um jeito como? Por quê?
– O Marco andou aprontando.
– Mas o que ele fez?
– Seu filho trocou o material dos colegas e colocou chiclete na cabeça de uma amiguinha de classe.
Naquele momento Odete começou a chorar.
– Não chore, minha senhora. Vamos conversar.
– Me desculpe. Vamos conversar.
– Aconteceu alguma coisa com Marco há pouco tempo?
– Sim, aconteceu. Seu pai faleceu alguns dias depois de seu aniversário e Marco ficou muito abalado.
– Então é isto. Vamos então tentar ajudá-lo da melhor maneira possível.
Odete saiu da sala do diretor mais aliviada e convicta de que, com a ajuda do diretor, Marco iria melhorar seu comportamento na escola. O diretor pediu para que todos os professores e coordenadores ficassem de olho no menino para ajudá-lo. Tudo estava indo muito bem. Marco estava melhorando e conseguiu a confiança de todos na escola.
Um certo dia, Marco queria comprar um picolé, mas só se vendia picolé na calçada da escola. Então o garoto foi até o diretor pedir autorização para ir comprar um picolé.
O diretor, como voto de confiança pela melhora do menino, autorizou a sua saída. Marco saiu, mas não retornou à escola.
Preocupado com o desaparecimento do menino, o diretor resolveu ir até a casa de Odete para ver se ele estava lá. Ao ver o diretor, a mãe do garoto ficou muito preocupada.
– O que houve? – perguntou ela.
Como quem não queria nada, o diretor perguntou:
– Marco está?
– Não, senhor. Ele saiu para o colégio e não voltou ainda. Aconteceu alguma coisa?
– Bem, ele me pediu para comprar um picolé e eu lhe dei permissão, mas ele não voltou mais.
– Meu Deus! – apavorou-se Odete. ¬– O que será que aconteceu com meu filho?
Enquanto os dois conversavam, Marco mais se distanciava do Colégio. O menino pegou carona com um desconhecido que estava indo para uma cidade do interior de São Paulo.
Depois de muito papo, Odete e o diretor resolveram ir à polícia dar parte do desaparecimento do menino.
Na delegacia, o diretor mandou chamar o Delegado que era seu amigo e logo foram atendidos.
– Entre meu amigo. O que lhe traz aqui?
– Em primeiro lugar, a saudade, e além da saudade, o desaparecimento de um dos meus alunos.
– Sumiu? Mas como?
– Ele me pediu para comprar um picolé na calçada e não voltou. Como estava preocupado, fui até a casa do garoto e ele não estava lá.
– Você saberia descrevê-lo para mim?
– Bem, a mãe do menino está lá fora e ela saberá descrevê-lo melhor.
– Mande chamar a mãe do garoto para mim – ordenou o Delegado.
O escrivão foi até a sala de espera e chamou Odete para que esta se dirigisse à sala do Delegado.
– Aqui está a mãe do garoto, Delegado.
– Muito obrigado – e se dirigiu à mulher, dizendo: – Bem, minha senhora, o diretor já me pôs a par da situação, e agora eu preciso que a senhora me descreva o menino, para que eu possa botar a polícia atrás dele.
– Bom, Doutor Delegado, ele é um garoto de mais ou menos 1,50m, cabelos claros; estava usando calça de tergal azul e uma camisa amarela. Seu nome é Marco e tem sete anos.
Naquele momento, na sala do Delegado, o rádio estava chamando: “Atenção patrulhas, atenção patrulhas, o assaltante do Banco Central está sendo perseguido na estrada que liga Campinas a Campo Belo. Ele está acompanhado de um menino não identificado que está lutando muito para sair do carro”.
Na mesma hora o Delegado pegou o rádio e disse:
– Atenção, patrulha. Aqui quem fala é o Delegado. Como é o garoto que está no carro?
– O menino está usando uma camiseta amarela e tem cabelos claros. Não dá para ver mais nada.
Os olhos do diretor se arregalaram e a mãe de Marco começou a chorar. O Delegado pegou novamente o rádio e disse:
– Atenção, atenção todos os carros! Não atirem, apenas fiquem na cola deles.
Porém, logo depois que o Delegado pediu para que os policiais não atirassem, o assaltante começou a atirar na direção dos policiais. Dona Odete foi levada para casa por um policial que ficou com ela. O diretor e o Delegado pegaram o helicóptero da polícia e foram para o local.
A polícia estava evitando a atirar, mas um dos tiros acertou um policial e este morreu no local. Revoltados, os policiais começaram a revidar os tiros. Um dos tiros acertou o ladrão e este perdeu o controle do carro que se chocou com um caminhão que estava passando pelo local. Os policiais correram para tentar tirar o menino do carro, mas a tentativa foi inútil, pois o menino morrera no local do acidente.
Quando o diretor e o Delegado chegaram ao local, viram de longe o menino deitado no chão, coberto por um lençol.
– O que aconteceu aqui? – perguntou o Delegado.
– Bem, Delegado, o bandido começou a atirar em nossos carros e matou um policial. Então começamos a atirar nele também. O menino morreu no acidente, logo depois que o ladrão foi atingido.
O diretor foi até o corpo para ver se realmente era Marco. Logo verificou que não era o menino e foi um alívio para todos. Naquele momento o rádio chamou: “Delegado, Delegado, o menino foi encontrado e está aqui na delegacia”.
O Delegado e o Diretor pegaram o Helicóptero e voltaram para delegacia.
– Onde você se meteu, menino? – perguntou o Diretor.
– Eu estava andando por aí.
– Olha, garoto, o que você fez não foi legal. Por causa de seu sumiço, perdemos um policial que perseguia um ladrão que pensávamos ter seqüestrado você – disse o Delegado. ¬– E além do mais, sua mãe está preocupada com você.
– Me desculpe, eu não esperava que tudo isso fosse acontecer por minha causa.
Mais calmo, o Diretor disse a Marco:
– Vamos para casa encontrar sua mãe, e precisamos conversar no caminho.
E olhando sorridente para o Delegado, disse:
– Muito obrigado, meu amigo por ter perdido seu tempo comigo. Temos que nos encontrar para tomarmos umas cervejinhas.
– Não se preocupe, amigo, a vida tem destas coisas. Qualquer dia destes nos saímos para bater um bom papo.
O Diretor pegou Marco e foi para a casa de Odete. No meio do caminho, o ele começou a falar:
– Eu não vou te punir, mas você terá uma tarefa a cumprir agora no colégio.
– O quê? – perguntou o menino.
– Você irá tomar conta do recreio para não deixar ninguém fugir.
– Tudo bem, eu aceito.
Chegando em casa, dona Odete abraçou o menino e começou a chorar. O Diretor contou-lhe que Marco iria trabalhar e a ela ficou muito agradecida.
Desde então, Marco melhorou e hoje é um garoto inteligente, educado e adorado por todos os seus amiguinhos.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Handebol

Hoje eu possuo vários
Amigos que jogam ou praticam este esporte.
Nunca
Devemos parar de praticar
Esporte. Esporte faz muito
Bem para a saúde.
Onde há saúde e paz de espírito,
Logicamente terá um desportista.

“Com toda a energia, procurai viver a vida que julgardes adequada, ainda que para isso seja preciso deixar de cumprir algum -dever-. Em grande parte, se não em seu todo, os – deveres - são tidos por sagrados apenas em vista da nossa falta de coragem em lutar por vivermos nossa vida própria."   H.Hesse.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Idade

A idade é uma coisa que nem todos gostam de comentar. Principalmente mulheres que escondem a idade ou homens que mentem para poder viver como garotões e já são bem velhinhos.

Vou falar sobre felicidade.
Felicidade tem idade?
Será que só existe uma idade para a gente ser feliz, ou somente uma época na vida de cada pessoa, acho que não.
Quando nascemos somos recebidos por nossos pais por uma grande felicidade e esta passa para a criança, quando mesmo sem saber, dá sua primeira risada para os pais. Vou falar de pais e família que queriam os filhos e não as que não planejaram ou não querem ter.
Quando a criança começa a engatinhar, para os pais é uma alegria e para a criança é uma emoção. O mundo passa a ter outras formas e movimentos não lembro, mas pelo que vi dos meus filhos e outras crianças, a alegria é contagiante.
Depois ficamos mais jovenzinhos e ai começamos a criar e recriar a vida com os brinquedos e nosso imaginário, descobrimos as cores, sabores e nos entregamos a tudo sem preconceito ou pudor a vida é bela.
Na adolescência vivemos intensamente, pois começamos a sonhar e fazer planos e termos muita energia para realizá-los sem ver as dificuldades e os obstáculos. Esta é a idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo, nem culpa de sentir prazer. Essa idade é o momento o presente e tem a duração do instante que passa. Depois quando adultos, nosso tempo fica mais curto, nossa idade mais pesada e tudo vira outra realidade.
Mas a vida é assim mesmo, porém podemos mudar e fazer com que a idade apenas nos torne mais espertos, vividos, conhecedores e felizes.
Qual o seu limite para sonhar e realizar objetivos em sua vida?
Nenhum. O limite é você quem impõe. Você é a única pessoa que pode colocar restrições nos seus desejos.
Quantos jovens adultos nos conhecemos e quantos adultos jovens também, a idade esta na nossa cabeça, corpo e coração.
Ser feliz é questão de persistência, de lutas diárias, de encantos e desencantos.
Quantas pessoas passaram pela vida e te magoaram?
Quantas passarão pela sua vida só para roubar tua energia?
Quantos estarão realmente preocupados com você?
A questão é como você vai encarar essas situações.
O objetivo você já tem: ser feliz independente da idade.
Por isso fiquem com esta mensagem final para refletirem.

A felicidade não está no fim da jornada, mas sim em cada curva do caminho que percorremos para encontrá-la. (Autor desconhecido)

"A idade não depende dos anos, mas sim do temperamento e da saúde; umas pessoas já nascem velhas, outras jamais envelhecem." (Tyron Edwards)

E como diz (Vânia Toledo) "Eu não tenho idade. Tenho vida."

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Uma vida que vai

Amigo uma vez, Tem que ser amigo sempre. Se

Não, não foi amigo.
Diante de uma grande perda, o mais adequado e sadio é não
Reprimir que os sentimentos de dor, frustrações, revolta
E raiva se manifestem. A dor da perda se
Faz presente, mas ainda maior,
É a lembrança de ter te conhecido, mesmo sendo
Raros os momentos de nosso convívio. Na sua despedida, você estava
Repleto de amigos e parentes.
A amizade é um amor que nunca morre. Vamos
Zelar este amigo por toda a eternidade.
Felicidade é como a vida, curta e inesperada. Por este motivo, mesmo sendo
Raros os momentos que estive junto de
André, pude perceber que ele era um menino alegre que tinha um
Norte certo e que soube de todas as maneiras aproveitar o tempo, mesmo
Curto de vida, mas marcante por tudo que fez.
Orar, somente orar é o que nos resta.

"Jamais se desespere em meio às mais sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda."  Provérbio chinês

Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós. (Amado Nervo)

As lágrimas dos bons caem por terra, mas vão para o céu, para o seio da divindade. (Provérbio chinês)